terça-feira, 7 de janeiro de 2014



Sou da terra...

Pés no chão , catei algodão, passei carpideira com o nosso lindo malungo burrão
Aprendi nadar no rio e descer as ladeiras de terra , em cima de papelão
Colhe as frutas no pé , soltei papagaio no céu , rodei pneu, brinquei de todas as brincadeira de roda , de amarelinha... mula sem cabeça, esconde esconde...passei anel , é esse? É esse? E quando sim... abraço, beijo ou aperto de mão? Hummmmm
Fiz minha bonecas de pano e de espiga de milho , junto com toda a simplicidade
Do vestido de chita chinelinho de dedo , as vezes comiketo!!!
Sou da simplicidade e sei que aqui muitos são...
E como eu, suas raízes, não esconde não.
Dou valor quando compro, arroz, feijão, café ...no mercado.
Quem conhece um pé de café? Conhece não? Pois é, eu plantei, colhe os frutos vermelhos
Torrei , moinho ...cheiro de café no ar!!!!
Sou do tempo que na minha cabeça o tempo não passou
Muito embora não sou quem gosta se enganar...
Mas ainda continuo a contemplar o verde...da mata, de toda plantação!
E subir nas árvores , colher os frutos e ficar de ponta cabeça olhando pro chão.
Aos meus pais, irmãos , família, orgulho desse meu passado
Aos meus filhos, vivo as vezes com eles em dois mundos...
Quem viveu na minha época e os tem, sabe do que eu falo...
Também fiz coisas erradas, algumas não sabia não...
Na escola...Ginásio!!!!
“Dever de casa” , caçar e prender no quadro as mais lindas coloridas borboletas
Hoje não me orgulho da nota 10 que tirei pelo trabalho.
Mas abri a porta do viveiro grande na casa verde e vi os pássaros livre voando no infinito
E deixei meu avô Manoel muito trite, principalmente por perder seu pássaro preto!

Sei que ainda tenho muito que aprender... como por ex. amar você!
Ana Lima.
07.01.2014

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