Devaneios
Abro essa janela para
te ver
Através das palavras, em extraordinária beleza.
Longe... longe se vai o
mesmo grito
A mesma forma de
apelo.
O tempo pedindo
passagem
Pedindo abrigo...
A cúpula que me culpa
Não me livra do medo
E eu... me olho no espelho
E vejo no reflexo
Não me livra do medo
E eu... me olho no espelho
E vejo no reflexo
Nas meninas... dos meus olhos
O mundo colorido de infância...
De responsabilidades no presente
E simplesmente distraído para o futuro
Minha consciência me acusa
Do que ainda não fiz...
Não estou aqui por acaso.
E uma fúria quer me devorar por dentro
O mundo colorido de infância...
De responsabilidades no presente
E simplesmente distraído para o futuro
Minha consciência me acusa
Do que ainda não fiz...
Não estou aqui por acaso.
E uma fúria quer me devorar por dentro
Mas eu...fico em silêncio...
E um universo, abriga -se dentro de mim
E a fúria se vai , com o pássaro cantando
Seu canto, no canto da minha janela.
E um universo, abriga -se dentro de mim
E a fúria se vai , com o pássaro cantando
Seu canto, no canto da minha janela.
Eu seguirei abdicando dos erros
Quebrando
algumas regras
E me livrando de
alguns preconceitos.
Entro no portal do
tempo
Tempo que me chega de mansinho
Não sei para onde
irei.
No espelho refletido vejo ainda
No espelho refletido vejo ainda
Corpos inertes
pedindo passagem
Pedindo socorro, e sei que amanhã
Eu terei que ajuda-los
Mas agora...o pássaro já cantou
Eu terei que ajuda-los
Mas agora...o pássaro já cantou
E no meu leito, me
deito
Puxando os lençóis
macios
Entre dedos e
travesseiros
Imaginando outros toques e cheiro
Em meio há tantos de
devaneios...
Adormeço.
Ana Lima